Foto: Guilherme Brum (prefeitura de Santa Maria/Divulgação)
De diferentes cantos do mundo, 800 participantes vindos de mais de 25 países chegaram a Santa Maria para viver, a partir da noite desta quarta-feira (10), os primeiros momentos do Encontro Internacional da Campanha da Mãe Peregrina. A abertura, marcada por orações, confraternização, celebrou os 75 anos da missão iniciada pelo Venerável Diácono João Luiz Pozzobon e que agora une povos, línguas e culturas em uma mesma fé.
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A abertura oficial contou com jantar no Centro Mariano, acolhida das delegações no ginásio do Clube Recreativo Dores e uma Santa Missa em ação de graças, uma das duas atividades abertas ao público durante o Jubileu. Em seguida, os participantes seguiram em procissão até o Santuário Tabor, na Avenida Nossa Senhora das Dores.
A programação (leia completa abaixo) segue intensa nesta quinta-feira (11). Pela manhã, os peregrinos participam de momentos de oração e da Santa Missa, além de conferências com o tema “Olhar da história para o futuro – Missionários da Esperança”. Testemunhos de diferentes países também irão destacar sinais de esperança trazidos pela Campanha ao longo de sete décadas e meia. No período da tarde, estão previstas oficinas temáticas no entorno do Santuário Tabor, seguidas de jantar e da reza do terço com bênção no ginásio do Clube Dores.
Na sexta-feira (12), o foco estará novamente na espiritualidade e no legado de Pozzobon. Após a acolhida e a celebração da Santa Missa, o momento formativo terá como tema “João Luiz Pozzobon, exemplo de missionário da esperança, que motiva a CMPS rumo ao futuro”. A tarde será dedicada às oficinas, enquanto a noite reserva um jantar típico no Centro de Tradições Gaúchas, acompanhado de apresentações culturais e familiares.

Programação
Quinta-feira (11)
- Café da manhã nos hotéis
- No ginásio poliesportivo do Clube Recreativo Dores:
- 8h30 – Acolhida e oração inicial
- 9h – Santa Missa
- Momento formativo: “Olhar da história para o futuro – Missionários da Esperança”
- Testemunhos: “Sinais que nos enchem de esperança”
- 13h – Almoço (restaurantes)
- A partir das 15h – Oficinas temáticas (no entorno do Santuário Tabor)
- 18h30 – Jantar (Centro Mariano)
- 20h – Reza do terço e bênção (ginásio poliesportivo do Clube Recreativo Dores)
Sexta-feira (12)
- Café da manhã nos hotéis
- No ginásio poliesportivo do Clube Recreativo Dores:
- 8h30 – Acolhida e oração inicial
- 9h – Santa Missa
- Momento formativo: “João Luiz Pozzobon, exemplo de missionário da esperança, que motiva a CMPS rumo ao futuro”
- 13h – Almoço (restaurantes)
- A partir das 15h – Oficinas temáticas (no entorno do Santuário Tabor)
- Jantar: Centro de Tradições Gaúchas
- Momento familiar cultural
Sábado (13)
- Café da manhã nos hotéis
- Pela manhã:
- Atividades em diferentes idiomas: Colônia italiana, Casa Museu João Pozzobon, Santuário Tabor
- 11h – Santa Missa (São João do Polêsine/RS e Faxinal do Soturno/RS)
- Almoço italiano – Paróquias da Quarta Colônia
- Pela tarde: Continuidade da programação da manhã
- 18h30 – Jantar (Centro Mariano)
- 20h – Momento de louvor mariano (Santuário Tabor ou ginásio da escola Coração de Maria)
Domingo (14)
- 8h – Romaria da Primavera
- Procissão do Santuário Tabor ao Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira
- 10h – Santa Missa no Santuário de Nossa Senhora Medianeira e renovação da coroação das imagens peregrinas
- Almoço de encerramento
- 14h30 – Reza do terço e bênção (Santuário Tabor)
Programação aberta ao público
- Domingo (14)
- 8h – Romaria da Primavera (com a Santa Missa)
Campanha da Mãe Peregrina: fé que percorre gerações e lares ao redor do mundo
Ao longo de sua vida, João Luiz Pozzobon dedicou-se intensamente à Campanha da Mãe Peregrina, levando a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt de casa em casa, fortalecendo a evangelização e a fé das famílias. Em 35 anos, percorreu a pé cerca de 140 mil quilômetros, missão que hoje alcança quase cem países.
O legado da Campanha continua vivo em Santa Maria e em diferentes realidades. No prédio de Clarice Stochero, na região central da cidade, a devoção chegou aos apartamentos: ela organiza a lista dos vizinhos que recebem a imagem da Mãe, mantendo a tradição e o cuidado que aprendeu ainda criança, ao conviver com Pozzobon na escola de Faxinal do Soturno. Aos 72 anos, Clarice segue fiel à missão, lembrando das procissões, das rezas do terço e da simplicidade do diácono, e hoje coordena com carinho mais de 30 moradores que participam da Campanha em seu prédio. Leia a reportagem completa aqui.

Conheça o Venerável Diácono João Luiz Pozzobon
Quem foi ele?
- Nasceu em 12 de dezembro de 1904, em Ribeirão, localidade de São João do Polêsine. De origem pobre, largou os estudos para ajudar o pai na lavoura;
- Em 7 de setembro de 1947, Pozzobon participou do lançamento da pedra fundamental do santuário de Schoenstatt, onde teve início o seu contato com a Mãe Peregrina. Três anos depois, em 10 de setembro, começou a Campanha da Mãe Peregrina;
- Ordenado diácono pelo bispo dom Érico Ferrari, em 1972. Passou a fazer casamentos, batizados e enterros. Não podia rezar missas e absolver pecados;
- Em 1979, a fama de Pozzobon ganhou o mundo. Ele visitou a Europa, conheceu o papa João Paulo 2º e foi para a Argentina falar da Mãe Rainha;
- Em 27 de junho de 1985, aos 80 anos, foi atropelado por um caminhão quando ia para uma missa, no Santuário de Schoenstatt, às 6h30min, e morreu.
Exemplo de fé
- Em 1950, o Diácono recebeu uma imagem da Mãe Rainha. Com o tempo, colocou como propósito rezar 15 terços por dia (825 preces);
- Ele deu a ideia de, a cada 30 famílias, colocar uma imagem da Mãe Peregrina, para passar de casa em casa. Ele distribuiu 2,7 mil imagens da Mãe pela região. Em 2011, havia mais de 200 mil réplicas da imagem em 96 países;
- João Pozzobon carregava 19 kg nas peregrinações. A imagem da Mãe Rainha pesava 11 kg, e a pasta que levava com vestes e outros materiais religiosos, 8 kg;
- Ele percorreu 140 mil quilômetros a pé com a imagem no ombro para visitar famílias, escolas, presídios e hospitais;
- Pozzobon criou a Vila Nobre da Caridade, no Cerrito, com 14 casas que abrigam famílias pobres. Ele ajudava a conseguir emprego e a fazer as crianças estudarem.
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